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Avião cai no Cazaquistão: Mistério envolve queda da Azerbaijan Airlines e investigações sobre neblina, pássaros e possível abate militar

  • Foto do escritor: Foco Brasil
    Foco Brasil
  • 26 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

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As autoridades do Cazaquistão e do Azerbaijão iniciaram uma investigação sobre a queda de um avião da companhia Azerbaijan Airlines, que ocorreu na manhã de ontem, 25 de dezembro. A aeronave, um Embraer 190 fabricado no Brasil, caiu após desviar mais de 400 km de sua rota original. O voo, que havia partido de Baku, no Azerbaijão, com destino a Grósnia, na Rússia, estava transportando 67 pessoas, incluindo cinco tripulantes.


A aeronave, identificada como J2-8243, desviou seu curso e fez uma aterrissagem forçada nas proximidades de Aktau, uma cidade cazaque no Mar Cáspio. Até o momento, o Ministério de Situações de Emergência do Cazaquistão contabiliza 42 mortes, com 25 sobreviventes, sendo alguns deles em estado crítico. Já o Ministério da Saúde local registrou 29 pessoas vivas. Imagens e vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o avião circulando em um padrão errático no ar, com o trem de pouso aberto e perda significativa de altitude, até colidir com o solo em uma explosão.


Apesar das especulações sobre as causas do acidente, nenhuma informação oficial foi confirmada até o fechamento desta edição. Fontes russas sugeriram que a causa do desvio poderia ter sido uma forte neblina, mas o governo do Cazaquistão ainda não validou essa hipótese. "Não podemos divulgar os resultados da investigação neste momento", afirmou o gabinete do procurador-geral do Azerbaijão em comunicado, acrescentando que o órgão abriu um processo criminal e solicitou assistência ao Cazaquistão para esclarecer o ocorrido.


Hipóteses em investigação

Logo após o acidente, várias hipóteses sobre as causas começaram a circular na mídia internacional. A Azerbaijan Airlines inicialmente publicou, e depois apagou, uma postagem sugerindo que a causa do desvio poderia ter sido uma colisão com pássaros. No entanto, imagens divulgadas por fontes russas, incluindo o canal Fighterbomber, mostraram buracos na fuselagem da aeronave, o que levantou especulações de que os danos poderiam ter origem em outra causa, como um possível abate militar.


Alguns veículos de imprensa sugeriram que o avião poderia ter sido confundido com um drone ucraniano pelas defesas aéreas russas, devido à proximidade com a região de conflito. Além disso, dados do FlightRadar24 indicaram que, ao se aproximar do aeroporto de Aktau, a aeronave apresentou uma ascensão e descida abrupta, o que poderia indicar uma perda de controle. Também foi notado um suposto bloqueio de sinal de GPS, que fez o avião parar de enviar dados de localização por 12 minutos antes de enviar informações incorretas. No entanto, a interferência no sistema de navegação não seria suficiente para causar o acidente, segundo especialistas.

As autoridades cazaques confirmaram a recuperação da caixa-preta, o que pode ajudar a esclarecer as causas da queda.


Solidariedade e luto

A Embraer, fabricante da aeronave, expressou sua tristeza pelo acidente e afirmou estar prestando apoio às autoridades envolvidas na investigação. "Nossos pensamentos e sinceras condolências vão para as famílias, amigos e entes queridos afetados pela ocorrência", disse a empresa em comunicado.


O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, declarou luto nacional para o dia 26 de dezembro, em solidariedade às vítimas. "É com profunda tristeza que expresso minhas condolências às famílias das vítimas", escreveu nas redes sociais. O governo russo também manifestou apoio, com o presidente Vladimir Putin entrando em contato com Aliyev para oferecer suas condolências e desejar uma rápida recuperação aos sobreviventes.


As vítimas eram de diversas nacionalidades, incluindo 37 azeris, seis cazaques, três quirguizes e 16 russos, de acordo com o Ministério dos Transportes do Cazaquistão.



O caso continua sob investigação, e mais detalhes devem ser divulgados conforme o progresso das apurações.

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